Uma semana depois do incidente ocorrido no treinamento da equipe do corpo de bombeiros do DF, todas as corporações que necessitam de algum treinamento se tornaram alvos de insegurança e polêmica. Autoridades discutem o que pode ter ocorrido no momento da morte do bombeiro Washington Nunes, 34 anos. Na discussão do caso, os treinamentos ficaram em cheque. Tanto dos bombeiros como de outras corporações.
O treinamento feito por cada corporação é independente das outras. Muitas vezes o formato do curso é semelhante, mas são abordados métodos diferenciados. Nem todas as corporações exigem um curso específico. Esse é o caso do ingresso para ser bombeiro civil, mais conhecido como Brigadista. Por ser um curso mais técnico e não necessitar de formação, a procura para ser brigadista aumenta. O curso é muito procurado por pessoas que necessitam aumentar a renda familiar, como por exemplo, seguranças, porteiros e até empregados domésticos.
Esse foi o caso da desempregada Maria das Dores Santiago Oliveira, 36 anos, que procurou no curso de brigadista uma nova forma de ganhar a vida. Por não ter uma renda fixa, ela arriscou fazer o curso para poder ser contratada em colégios, shows, instituições privadas e repartições públicas. Para Dores, o curso foi muito difícil. Principalmente na parte física, pois segundo a ela, na época não tinha preparo físico para fazer todas as tarefas exigidas. Dores foi reprovada na primeira prova do treinamento que era teórico. "No momento da prova fiquei muito nervosa e acabei descobrindo que não havia estudado direito", informou a hoje brigadista Maria das Dores, formada pela empresa DF Extintores.
O curso foi dividido em duas partes. A primeira abrange conhecimentos teóricos e visando o preparo para primeiros socorros, a escolha de decisões rápidas-segura e o como conhecer o local a ser fiscalizado. Na parte prática os futuros bombeiros civis fazer provas de testes físicos, salvamento, controle de chamas, primeiros socorros, tratamento de queimaduras e transporte de pacientes.
Na prova prática também há uma prova apelidada "casa de fumaça". Em uma simulação de incêndio, uma casa pega fogo, e junto com os instrutores, os alunos tem que pegar alguns objetos dentro da casa e sair em um determinado período de tempo.
Outra aula prática é o manuseio de mangueiras de incêndio. Para muitas pessoas da sociedade usar essas mangueiras é muito fácil, no entanto é necessário saber previamente o funcionamento dessa mangueira. Um fato que poucas pessoas sabem é que essas mangueiras são colocadas em lugares estratégicos para que algum bombeiro, ou pessoa qualificada utilize na contenção de chamas.
Para algumas pessoas que não estão com o preparo físico em dia, o treinamento para ser brigadista acabado sendo pesado. Mas para outras pessoas chega a ser bem tranqüilo e sem muitas exigências. Como foi no caso de frentista Sebastião.
sexta-feira, 3 de outubro de 2008
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